domingo, 23 de janeiro de 2011

AS COLUNAS DE UMA GRANDE SOCIEDADE

CRONICAS DE VERDADE

Tenho as narrativas bíblicas como verdadeiras. Tenho plena certeza de que nenhuma alegação de erros na Bíblia se comprovará como jamais se comprovou no correr de uma longa história de perseguição contra ela por parte de reis, intelectuais, imperadores, clérigos e leigos. Sendo essa minha crença, posso iniciar esta crônica fazendo referência à história bíblica de Caim.

Depois que matou a seu irmão Caim resolveu romper qualquer possibilidade de relacionamento com Deus. Disse que seria um errante. Feito isso deixou a casa dos pais e iniciou sua jornada mundo a fora; riscou Deus de sua vida e, conseqüentemente da de seus descendentes e iniciou a construção de uma cidade.

De fato sua cidade era muito bem estruturada. Havia toda sorte de profissionais necessários a seu pleno desenvolvimento. Pecuaristas. Metalúrgicos. Músicos. Logicamente que dentro dessas três categorias de profissionais derivavam outros, por exemplo, creio que a classe dos músicos se subdividia em poetas, letristas, inventores de instrumentos, musicistas e assim por diante. E a mesma regra cabia às demais que se subdividiam em outras profissões necessárias ao pleno desenvolvimento da cidade que Caim soerguia.

Mas nenhuma civilização se sustenta sem Deus. Foi o caso com a cidade de Caim. A civilização de Caim logo se degenerou. A violência passou a imperar. Desrespeito para com as mulheres e devassidão em grau elevado. A violência e o estabelecimento do respeito pela força parece ter sido uma das tônicas que imperava na cidade de Caim. Os capítulos iniciais do livro de Gênesis, o primeiro livro da Bíblia nos conta que a civilização de Caim e os que seguiram seu modelo de devassidão foram engolidos pelo juízo de Deus através da águas do dilúvio.

Nesse ponto faço uma pergunta propícia a nossa conversa: Quais são as colunas de uma grande sociedade? Respondo da seguinte maneira: para se ter uma sociedade forte, precisa constar nela pessoas que sejam bons exemplos de conduta. Pessoas que moldem nosso proceder em todas as áreas de nossos relacionamentos. Podemos dizer que a partir dos bons modelos é que se estabelece uma sociedade justa, produtiva, organizada que está em constante desenvolvimento. Para o devido estabelecimento de uma sociedade justa, produtiva, organizada e que está em constante desenvolvimento é necessário a participação de professores, artistas, políticos, médicos e motoristas, garis e trabalhadores de modo em geral que hajam dentro da lei do país e de Deus.

Porém, acima de tudo essa sociedade precisa de líderes espirituais inteiramente comprometidos com a verdade, honestidade, desprendimento, amor, companheirismo e com a Palavra de Deus hoje contida na Bíblia.

Essa tese é vista por toda a Escritura sagrada.

Lucas, o evangelista destaca dos dias de Herodes, O grande (aquele que matou as criancinhas nos dias de Jesus) três pessoas cujas virtudes ele faz questão de descrever para contrastar com o baixo valor que se dava à moral e ao relacionamento com Deus nessa época.Daí se viver um tempo de tantas sedições e revolta social.

Estes três eram Zacarias, Isabel e João Batista (Evangelho de Lucas capítulo 1).

Zacarias e Isabel, diz Lucas eram justos e irrepreensíveis em todos os mandamentos e preceitos do Senhor, por conseguinte eram bons cidadãos. João Batista, o filho destes viria para restaurar o relacionamento de pais e filhos, viria para restaurar a verdadeira alegria e não beberia bebida alcoólica e conduziria o povo da desobediência para a prudência.

A sociedade dos dias de Herodes estava devastada. A família estava devastada. Pais e filhos rebelados uns para com os outros. Os próprios líderes espirituais da época não eram bons exemplos do que ensinavam. Quando interrogados pelos magos que vieram em busca “daquele que seria o Rei dos Judeus” citaram sem qualquer erro a profecia a respeito do lugar do nascimento do Messias, mas não demonstraram qualquer interesse em verificar se a história era mesmo fato ou não. Agiram assim por medo de ofender o rei e perder suas benesses. Mais adiante Jesus disse que estes “falavam o certo, mas não viviam o certo que pregavam”.

Por que Deus teria que enviar um profeta para restaurar a sociedade dos dias de Herodes (do mesmo modo como Deus enviou Noé para resgatar a sociedade pré-diluviana)? Pelo simples fato de que não existe sociedade que mantenha por muito tempo seu desenvolvimento sem Deus e suas leis. Eu quero apontar algumas razões porque os valores bíblicos são tão importantes para o soerguimento de uma sociedade justa, produtiva e em constante desenvolvimento. Faço questão de escrever o que diz as citações bíblicas para que seu olho fique nessa crônica, mas se quiserem podem conferir em suas próprias Bíblias caso tenham em casa:

1. Pela bênção que os retos suscitam a cidade se exalta, mas pela boca dos perversos é derrubada (Provérbios 11.11);
2. A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos (Provérbios 14.34);
3. Onde não há conselhos fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros, há bom êxito (Provérbios 15.22);
4. Pela misericórdia e pela verdade se expia a culpa, e pelo temor do Senhor os homens evitam o mal (provérbios 16.6);
5. A prática da impiedade é abominável para os reis, porque com justiça se estabelece o trono (Provérbios 16.12);
6. Os homens maus não entendem o que é justo, mas os que buscam o senhor entendem tudo (Provérbios 28.5)

Digo que para erguer uma sociedade é preciso se ter inserido nela pessoas que hajam pelo poder do Espírito Santo, que tenham comprometimento com Deus e seus mandamentos e preceitos. Todos esses itens constavam das características pessoais de Zacarias e Izabel e João batista na narrativa de Lucas, o evangelista.

Não somente a história bíblica comprova o que digo, mas nossa realidade cotidiana comprova essa verdade. O afastamento dos valores divinos afoga civilizações e as leva ao desaparecimento. Basta olhar com um pouco mais de atenção para a história das civilizações.

As colunas de uma sociedade justa, produtiva e em constante desenvolvimento são líderes espirituais que pregam e vivem o que pregam acerca dos valores bíblicos, além de profissionais, artistas e tantos outros profissionais éticos que servem a seu povo e obtém realização pessoal e financeira além de fazer o bem a seus semelhantes. Sem esses líderes e os valores bíblicos logo mais chegará a ruína de um país, de uma cidade, de uma civilização

O QUE FAÇO É REFLEXO DO QUE SOU

CRÔNICAS DE VERDADE

A declaração acima pode se demonstrar verdadeira quando tomamos conhecimento do relato da vida do Rei Salomão e do impacto que exerceu sobre muitos reis de sua época especialmente sobre a rainha de Sabá.

Salomão foi muito famoso à sua época por causa de sua inteligência fora do comum. A fama de Salomão foi algo que Deus usou para aproximar muitas nações a si. Diz o texto bíblico Todo o mundo procurava ir ter com ele para ouvir a sabedoria que Deus lhe pusera no coração. Cada um trazia o seu presente: objetos de prata e de ouro, roupas, armaduras, especiarias, cavalos e mulas; assim, ano após ano. (1Reis 10.24-25).

A rainha de Sabá ou dos sabeus foi um desses casos de soberanos de que temos notícia que foram transformados para melhor depois de ser aconselhada pelo magnífico rei Salomão a tal ponto que alcançou o testemunho favorável de si do próprio Senhor Jesus quando disse A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão (Mateus 12.42).

Algo que impactou muito a rainha de Sabá por ocasião de sua visita oficial ao reino de Israel foi a relação de Salomão com Deus Tendo a rainha de Sabá ouvido a fama de Salomão, com respeito ao nome do SENHOR, veio prová-lo com perguntas difíceis. (1Reis 10.1).

Ao vir conferir o relato do que ouvira acerca de Salomão a rainha se mostrou estarrecida ao ver que tudo ia muito mais além E disse ao rei: Foi verdade a palavra que a teu respeito ouvi na minha terra e a respeito da tua sabedoria. Eu, contudo, não cria naquelas palavras, até que vim e vi com os meus próprios olhos. Eis que não me contaram a metade: sobrepujas em sabedoria e prosperidade a fama que ouvi. Felizes os teus homens, felizes estes teus servos, que estão sempre diante de ti e que ouvem a tua sabedoria! (1Reis 10.6-8).

E a reação instantânea da rainha dos sul foi louvar a Deus que era a fonte de toda a sabedoria do rei Bendito seja o SENHOR, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no trono de Israel; é porque o SENHOR ama a Israel para sempre, que te constituiu rei, para executares juízo e justiça (1Reis 10.9).

Em segundo lugar a rainha de Sabá ficou tremendamente impactada pelas ofertas de Salomão a Deus que demonstrava sua gratidão a Deus que era fonte de tudo o que ele tinha e era (Vendo a rainha) a comida da sua mesa, e o lugar dos seus oficiais, e o serviço dos seus criados, e os trajes deles, e seus copeiros, e o holocausto que oferecia na Casa do SENHOR, ficou como fora de si (1Reis 10.5) [e] E o rei e todo o Israel com ele ofereceram sacrifícios diante do SENHOR. Ofereceu Salomão em sacrifício pacífico o que apresentou ao SENHOR, vinte e dois mil bois e cento e vinte mil ovelhas. Assim, o rei e todos os filhos de Israel consagraram a Casa do SENHOR. No mesmo dia, consagrou o rei o meio do átrio que estava diante da Casa do SENHOR; porquanto ali preparara os holocaustos e as ofertas com a gordura dos sacrifícios pacíficos; porque o altar de bronze que estava diante do SENHOR era muito pequeno para nele caberem os holocaustos, as ofertas de manjares e a gordura dos sacrifícios pacíficos. (1Reis 8.62-64).

Uma conclusão feliz a que rainha de Sabá chegou foi que tudo em Israel refletia a grandeza da sabedoria de Salomão Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara, e a comida da sua mesa, e o lugar dos seus oficiais, e o serviço dos seus criados, e os trajes deles, e seus copeiros, e o holocausto que oferecia na Casa do SENHOR, ficou como fora de si (1Reis 10.4-5).

Ou seja, a grandiosidade do reino de Salomão era fruto de sua sabedoria obtida pelo seu relacionamento com Deus.

A história de Salomão nos dá margem para dizer que aquilo que ele fazia era reflexo daquilo que ele era. Ele era sábio então tudo o que fazia o fazia guiado por sua sabedoria.

Podemos aplicar essa verdade a nós. Vejamos algumas aplicações.

Em primeiro lugar posso afirmar que a fama que Deus nos dá pode ser um eficiente instrumento para atrair pessoas a si como aconteceu com Salomão. As pessoas vinham até ele para ouvir seus conselhos quando ouviam de sua fama.

Em segundo lugar posso dizer que a sabedoria é um instrumento transformador de vidas. Certamente que Salomão aconselhava as pessoas em assuntos diversos. Desde política até relacionamento com Deus, vida eterna e assuntos difíceis do dia a dia. Uma vez instruídas essas pessoas obtinham uma visão melhor da vida e com isso beneficiavam a vida de outros. Um detalhe importante ainda acerca da sabedoria é que ela não somente transforma pessoas, mas também coisas a nossa volta. Nosso ambiente (1Reis 10.4-5).

Em terceiro lugar uma pessoa é sábia de fato quando reconhece que tudo o que tem é fruto da ação de Deus em seu benefício. A questão fundamental é que Deus é uma fonte inesgotável da sabedoria de onde poderemos sempre recorrer. Deus nos dá dessa fonte para atrair pessoas a si e melhorar suas vidas incluindo a nossa e alterar para melhor o que está a nossa volta. Salomão reconhecia isso quando oferecia ao Senhor um culto de gratidão por tudo o que Deus lhe dava e o fazia ser com grande quantidade de ofertas.

Certamente a Bíblia diz que a sabedoria que Deus deu a Salomão era única. Isto é, ninguém a teria mais na mesma proporção. Mas Deus disse que daria outro tipo de saber a seus filhos tão eficiente do que a que deu a Salomão para torná-los hábeis para lidar com os desafios a sua volta como nos diz o próprio Salomão e o irmão do Senhor Jesus, Tiago: E, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus. Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento (Provérbios 2.3,5,6). E Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida (Tiago 1.5).

A sabedoria alcançada em Deus é algo essencial para todos nós a fim de tornarmos nossas vidas melhores e alterar para melhor tudo o que está à nossa volta. Governantes e liderados, profissionais e formadores de opinião, enfim todos deveriam recorrer a essa fonte. O reino de Salomão era reflexo daquilo que ele era. Ele era sábio tudo a sua volta era esplêndido. Essa sabedoria pode ser obtida pelo estudo da Bíblia sagrada e por em um relacionamento pessoal com Deus pedir-lhe orientação para cada passo que temos que dar.

Pastor Luiz Flor

EXPLICANDO OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS ENVOLVENDO DESASTRES NATURAIS

Países e continentes têm sido assolados por terremotos violentos e ondas gigantes. Tivemos notícias dos tsunamis que há alguns anos assolou a Índia deixando milhares de mortos e o país gravemente destruído com muitos desabrigados e doentes dependendo totalmente da ajuda exterior. O mais triste é que muitos desaparecidos jamais serão encontrados devido à grande devastação. E a Índia vai levar muitos anos para se recuperar.
Bem recentemente tivemos a notícia do terremoto que varreu o Haiti em que morreu centenas de pessoas incluindo a médica brasileira Zilda Arns. O país que jaz devastado depende da ajuda exterior incluindo o Brasil que já mantém uma força de paz na região para ajudar a pôr ordem no caos social que o Haiti já enfrentava. O terremoto que há alguns varreu o Chile foi um dois maiores dos últimos 50 anos alcançando 8,8 graus na escala Richter matando mais de 500 pessoas e deixando milhares desabrigados.
Agora temos visto regiões no Brasil assoladas ou por grave seca ou por enchentes que matam centenas de pessoas incluindo crianças e deixando tantas outras órfãs. Essas regiões precisam urgentemente de toda ajuda possível e, além disso, as autoridades de nosso país precisam arquitetar um plano urgente para devolver às pessoas que graças a Deus estão vivas nos lugares devastados habitações fora da zona de risco. A rede pública hospitalar precisa mais do que nunca que os já heróicos médicos se desdobrem para socorrer os doentes decorrentes da má situação da limpeza pública.
Quero lhes informar que esses acontecimentos não se tratam apenas de meras coincidências ou desequilíbrio dos fatores naturais ou do descaso das autoridades de nosso país (no caso do Brasil). A Bíblia nos diz que esses acontecimentos são os sinais da vinda de Jesus. O texto de Mateus 24.3-8 é um desses. O texto foi a resposta de Jesus ao pedido dos discípulos sobre “que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século” (Mateus 24.3).
Permita-me repetir o que já mencionei. Esses acontecimentos não são coincidências ou apenas desequilíbrio dos fatores naturais. São de fatos sinais do retorno de Jesus como previsto pelas Escrituras.
Segundo o próprio Senhor Jesus quando falava com seus discípulos a proximidade de sua vinda traria esses desastres além de outros em vários lugares com a certeza de serem cada vez maiores e mais devastadores. Entretanto isso não desculpa as autoridades quando agem com descaso para com aqueles que habitam zona de risco. Estamos aqui falando de fatores naturais que independem da força humana, mas que são gerados pela desobediência do homem às leis naturais e às leis de Deus como nos diz o profeta Isaías (Isaías 24).
Muitos conhecem a história da vida de Jesus quando esteve aqui no mundo entre nós e sua morte na cruz por nossos pecados ressuscitando ao terceiro dia e indo para o céu. Mas muitos não têm se apercebido do fato de que o próprio Senhor falou de seu retorno para buscar seu povo e estabelecer uma nova ordem social e renovar o planeta. Uma dessas vezes se registra em João 14.1-3.
Também por ocasião da subida de Jesus ao céu no monte das oliveiras, os anjos que o acompanhavam mencionaram que assim como Jesus foi assunto aos céus ele viria (Atos 1.9-11).
Desde então o mundo passou a viver a contagem regressiva para o fim e os avisos têm sido dados através de fenômenos de desajustes naturais. Não que essa seja a vontade de Deus. A vontade de Deus é que as pessoas atendam seu chamado ao arrependimento sem que sejam necessárias medidas drásticas em resultado da desobediência destes (Jó 12.15).
Apesar de conhecerem as promessas e os avisos do retorno do Senhor muitos estão dizendo que tudo isso é conversa fiada. Isso foi dito no passado e está sendo repetido pelas pessoas de nossos dias como registra Pedro em sua segunda carta (2Pedro 3.3-4).
O próprio apostolo Pedro registra que o fato de a vinda do Senhor parecer demorada não se trata de atraso ou demora, mas de Deus que está aguardando que muitos que recusam o chamado ao arrependimento o façam logo (2Pedro 3.8-9).
Portanto, se dê por avisado e receba a Jesus como seu Senhor e Salvador para não incorrer na ira divina que começando agora se tornará cada vez mais dolorosa culminando com a sentença de condenação eterna no inferno de fogo. Não haja como as pessoas do tempo de Noé que se fizeram surdos aos apelos do velho Noé e foram mortos pelas águas impiedosas do dilúvio divino. Aviso este reiterado pelo próprio Senhor Jesus e registrado por Mateus no capítulo 24.36-39 de seu evangelho.

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

COMO ÁRVORE JUNTO A CORRENTE DE AGUAS

Salmo Um

MEDITAÇÃO NOS SALMOS

Sinto-me com a sensação de estar preso toda vez que leio o salmo primeiro. Sinto isso diante da simplicidade deste salmo. Ele expressa uma situação de bem-aventurança sobre a pessoa que medita na Lei de Deus e se desvia do mal que chega a me dar a impressão de que o homem justo desse salmo não terá qualquer problema. Ao mesmo tempo ao falar do ímpio, que é aquele que não medita na Lei de Deus e se envereda para o mal me dá a impressão de que este terá todos os tipos de problemas que se possa numerar. Será que essa minha sensação está certa? Pois vivemos em um mundo em que mesmo o homem justo enfrenta todo tipo de problemas e muitas vezes o homem ímpio aparentemente vive melhor. Além do que expressei acima, o livro dos salmos parece comprovar que o justo tem muitos e sérios problemas. Em uma lida rápida dos vinte primeiros salmos, é diretamente dito em pelo menos dez deles que o justo é perseguido pelo ímpio que lhe impõe muitas dores e parece esse ímpio estar aparentemente sempre andando em pastos verdejantes. Talvez eu encontre solução para meu dilema exatamente no fato de que o justo é comparado a uma árvore frutífera que dá o seu fruto na estação própria e cuja folhagem não murcha (v.3).
Uma árvore durante todas as suas fases é atacada por pestes, doenças, fungos, bactérias, etc.
O tratamento que ela recebe é que fará esta resistir aos inimigos. A água na quantidade certa proporciona à planta condições favoráveis de desenvolvimento. O sol na medida certa permite à planta efetuar a fotossíntese, processo este muito importante para o bem-estar da planta. Ser justo, nos permite dizer o salmo um, é um processo voluntário de obediência. Equivale a dizer que o justo recebe da Lei de Deus na qual medita os subsídios para ser bem-aventurado. Diz o verso um: Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Ou seja, nos dá uma idéia de que ser justo é uma ação determinada da nossa parte. O salmo um demonstra isso através dos verbos de ação. Verbos de ação como o nome diz são aqueles que indicam uma atividade por parte do sujeito (v.1).
A idéia é ainda fortalecida pelo verso dois que mostra o justo se encaminhando para outro rumo: Antes o seu prazer está na Lei do Senhor, e na sua Lei medita de dia e de noite.
Ou seja, o justo procura o que é bom e correto diante de Deus para ser seu alimento para ter vida saudável a fim de resistir às pragas que tentam lhe ofender do mesmo modo que a árvore estende suas raízes em busca das correntes de água e adubo para seu crescimento saudável.
Nenhuma praga natural elimina uma planta imediatamente. A praga precisa da planta e faz dela sua fonte de alimento até que dali nada mais de útil exista e só então parte para outra planta. Como a árvore junto a ribeiro de águas o justo resiste e fica firme e sadio aos ataques das pragas.
Mas o ímpio que também é representado por uma planta aqui no salmo um tem suas folhas secas. Chega ao estado de palha. Sobra de vegetação que não apresenta qualquer valor nutritivo nem mesmo para as pragas. O fim é a total destruição (vv.4-5). Voluntariamente o homem aqui chamado de ímpio escolheu o que é errado e ruim. Por isso não tem proteção em si mesmo nem em Deus embora tenha no que faz a aparência de vitória sobre o justo.
O último verso do salmo diz que o Senhor conhece o caminho dos justos. Ou seja, Deus tem compromisso com o homem que escolheu voluntariamente ter compromisso com ele. Diante das adversidades que se levantarão Deus será a água que traz frescor e produz verdor e saúde para ele. Mas não será assim para com o ímpio. Estes perecerão como a planta comida pela praga.
Portanto o salmo um não é um salmo que desconhece os problemas que o justo enfrenta. É antes um salmo que oferece a certeza para aquele que escolheu voluntariamente a Lei do Senhor que este o ajudará em todos os momentos e ainda no tempo certo o rodeará de bênção: Ele (o justo) é como árvore plantada junto à corrente de águas, que no devido tempo dá o seu fruto (v.3).
Assim como o fruto de uma árvore mostra a saúde e o bom tratamento que essa árvore recebeu, os frutos (bênçãos) que o homem justo produz é a mostra do cuidado e amor de Deus por aquele que voluntariamente o escolheu para amá-lo e obedecê-lo. Como disse Paulo: em todas as coisas, porém, somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou (Romanos 8.37).

O Aluno, o Pároco e a Bíblia

CRONICAS DE VERDADE


A turma alegremente reunida ocupava duas mesas conjugadas da pizzaria da praça. Pelo menos duas personalidades ali se destacavam. O maestro da banda municipal da cidadezinha do interior e um aluno da faculdade de história. Além de pizza a mesa estava repleta de garrafas de cerveja formando uma cena pitoresca. Assemelhava-se a chaminés. Acho até mesmo que era por ali que os ocupantes das mesas expeliam as tensões do adia a dia.
As mulheres que também ocupavam cadeiras nas mesas da pizzaria da praça não estavam muito interessadas na beberância e por isso sentavam e levantavam indo e voltando ao parquinho de diversões ali no meio da praça da cidadezinha litorânea.
Da esquina uma figura se destacou. Carismática e jovem apertava a mão a muitos que o saudava. Para algumas mulheres e crianças respeitosamente dava um beijo na mão ou na testa. E seguia em direção a pizzaria da praça sempre acenando para as pessoas. E era mesmo uma figura cordial para com todos. Eu, lá na mesa do canto, prestei respeito a essa personalidade acenando-lhe com a mão e recebendo os devidos respeitos por acenos também.
Ao passar pela mesa em que estava o maestro e o estudante de história, sob perdido de desculpas pelo ambiente não ser muito propício, foi convidado a sentar-se enquanto lhe trariam o pedido feito por encomenda. Era o pároco da cidadezinha litorânea. Sentou-se assentindo com as desculpas dos que ocupavam a mesa das cervejas e fazendo todo o possível para se mostrar à vontade.
Ouvi há certo tempo depois que o pároco sentou-se a seguinte frase “... Bem, mas a Bíblia está cheia de erros”. Não sei bem como nem porque a conversa chegou a esse termo. Mas eu que estava ali sentado meio espremido na mesa do canto por causa da grande quantidade de gente na pequena pizzaria não deixei de ouvir a conversa. Quem pronunciou a berrante frase foi o estudante de história. Quanto aos outros não demonstravam concordar nem tampouco discordar. E a conversa se desenvolveu com o pároco tentando defender a reputação da Bíblia com argumentos filosóficos e dialéticos.
Outros em mesas vizinhas que também mastigavam assuntos diversos e tendo suas vozes abafadas pelos sons modestos de “som” de carros da praça queriam ouvir o desenrolar da prosa. Eu também que embora estivesse interessado na conversa me esforçava para ouvir ainda que não estivesse num lugar muito favorável e não queria ser descortês com minha querida esposa que conversava comigo sobre assuntos financeiros e sobre quantas pizzas pediríamos. Não disse para ela que queria parar de conversar para que eu pudesse ouvir a prosa na mesa vizinha. Segui ouvindo com uma orelha a conversa que vinha da mesa de onde veio a frase sobre a Bíblia e ouvindo minha esposa com a outra.
Com um tanto de esforço ouvia.
Lastimei muito que o pároco não tivesse em momento algum da conversa citado a Bíblia em defesa dela mesma. Lastimei muito o fato de o religioso ter aceitado uma acusação sem que fosse mencionado especificamente em que trecho ou trechos a Bíblia continha erros.
Como se faz uma acusação sem mencionar os fatos que justifiquem a acusação em questão?
Por um único momento eu e os demais ali presentes ouvimos o estudante de história argumentar: “__ Deus plantou um jardim e pôs ali uma árvore que disse que o homem não deveria comer. Árvore essa que ocasionou todo o mal no mundo. Se ele pôs está árvore ali sabendo que o homem comeria, ele é o culpado e não o homem”.
Fiquei impressionado como alguém que até aquele momento dizia ser a Bíblia um livro cheio de erros assegura como certo um fato narrado pelo primeiro livro da Bíblia, o Gênesis. Você também não acha estranho, não?
Desse fato depreendi pelo menos duas verdades a respeito do estudante de história. Primeiro. Parece a mim que esse moço se comportava apenas como um contestador pelo fato de ser um estudante de história como se contestar e não estabelecer dados que justifique os fatos fosse a maior ocupação de um historiador ou futuro historiador.
A segunda verdade pode parecer um tanto deselegante da minha parte, mas preciso fazer este paralelo. Este rapaz me parece estar sofrendo do efeito manada. Isto é quando uma só rês se assusta e leva a todas as outras do rebanho a pôr o pé no pó. Bem. Ele estava apenas recitando o que tinha ouvido.
Mas antes de cometer eu os mesmos erros a que lastimo ter o pároco e o estudante de história terem cometido, quero chamar a Bíblia para defender a si mesma. Comecemos fazendo as seguintes perguntas “Como a Bíblia chegou até nós?” “Como a Bíblia foi escrita?” “È a Bíblia digna de nossa confiança?”
Poderíamos tomar inúmeros depoimentos da Bíblia em favor de sua genuinidade, mas por uma questão de espaço e tempo tomemos o texto de Lucas capítulo um do verso um ao quatro. Esse pequeno trecho responde satisfatoriamente as perguntas que fizemos acima.
Lucas diz: “Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram” (v.1). Lucas nos faz saber o que intuitivamente sempre soubemos, que sempre houve pessoas que se interessaram em registrar por escrito as histórias da ação de Deus entre os homens para as futuras gerações. Essas pessoas eram muito habilidosas em fazer isso.
Como essas pessoas adquiriam as informações para escreverem seus relatos? Lucas acrescenta um dado para essa resposta quando diz “Conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles (dos fatos) testemunhas oculares e ministros da palavra” (v.2). As pessoas que escreviam seus relatos recorriam às fontes e com estes verificavam a veracidade dos relatos. Do mesmo modo como o fazem os historiadores modernos. Por exemplo, como sabemos sobre as descobertas de nosso Brasil? Através dos relatos feitos por meio de cartas, tradição oral e documentos oficiais, livros, pinturas, poemas, prosa e textos diversos. No caso especifico da Bíblia as fontes geralmente estavam vivas e podiam ser consultadas.
Lucas especialmente estava escrevendo um relato da vida de Jesus para uma pessoa de especial status na sociedade de então. Essa pessoa ele se dirige por “excelentíssimo”. Tratava-se portanto de uma autoridade que havia se convertido ao cristianismo ou queria informação acerca dos ensinos de Jesus e não podia receber informações desencontradas para não ter sua fé estabelecida sobre alicerce fraco: “Igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde a sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem” (v.3).
O evangelista Lucas escreveu seu evangelho aproveitando o que já havia sido escrito.Lucas era um grande historiador e como bom historiador só punha sua obra para o público quando tudo estava bem confirmado. Nenhum relato de seus dois livros podem ser contestados.
A Bíblia chegou até nós por meio de compilações que periodicamente se faziam com o fim de atender aos desejosos de conhecerem os fatos do evangelho. Os documentos antigos da Bíblia comparados com as cópias que temos hoje são inteiramente iguais.
Um fator que indica a confiança que podemos ter na Bíblia é que nela estão muitas profecias que são dadas como realizadas pelo escritor da época, por exemplo o nascimento de Jesus com data e lugar precisos, sua morte com dados relatados antes de acontecer, etc.
Se eu quisesse ter certeza da veracidade de um documento eu me dirigiria para aqueles que disseram algo sobre ele. É o caso da Bíblia que não somente obtém depoimentos de pessoas que a escreveram como de historiadores e do próprio Senhor Jesus. E nesse caso veja o que ele diz sobre a Bíblia : “A Escritura não pode falhar” (João 35).
Assim todos os que quiserem fazer qualquer alegação de falsidade na Bíblia deveria se dar primeiro ao prazeroso trabalho de verificar com a história e nos documentos que a Bíblia cita se o que afirma faz qualquer sentido. O problema é que sobre a Bíblia muitas pessoas sofrem do efeito manada.

Escrita por: Luiz Flor dos Santos, pastor

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

UM MOMENTO DE SILÊNCIO

Hoje que estou
Só comigo mesmo
Tento retirar
Algumas palavras
Do fundo desse
Momento introvertido.

Observo detalhes.
Detalhes que noutro
Dia não teria
O mesmo valor
Que tem nesse
Momento meu
Comigo mesmo

Respiro o vento
Da noite na praça
Fria em que me
Sento comigo
Ladeado de árvores
Em silêncio vendo
Pessoas passar.

Não é apenas gente
São pessoas carregadas
De detalhes como a
Beleza da menina que
Em seus quinze anos
Aflora beleza

E a mulher madura
Acalentando o filho
No colo conversando
Com o marido assuntos
Sem importância e
Rindo.

Passa o soldado
Acompanhado
Do soldado armado
Guarnecendo somente
A paz do meu momento.

Os meninos que brincam
Na praça nem pensam
No tempo e fazem dele
Um tempo eterno e me
Aborrecem com barulho
Desnecessário quando
Eu achava que tudo deveria
Estar à minha moda.

Percebi que não sei
Estar em silêncio e
Fico o tempo todo
Procurando o que
Fazer mas não querendo
Sair de meu momento
De reclusão

Meu momento
De silêncio
Me faz valorizar
Detalhes que não
Veria noutro dia.

Tudo à minha volta
Está às voltas me
Convidando à pressa
Eu em mim mesmo
Olho como que de
Longe o barulho

Eu fico por aqui...