domingo, 11 de outubro de 2009

PEDRAS

Acordei certo dia
Ainda meio tonto
E os olhos foram-se
Abrindo aos poucos

Senti certo inchaço
E pela resta de um dos olhos
Vi espalhado ao meu redor
Muitas pedras. De variados tamanhos.

Em um dos lados as pedras
Traziam inscrições.
E no outro, mancha de sangue.
Todas dedicadas a mim.

A primeira que consegui ler
Continha: essa foi lançada
Pelas palavras duras
Que você proferiu!

Uma segunda: pelas promessas
Inúmeras que fizeste
E não as cumpriste.
Ou não cumpriste satisfatoriamente!

Uma próxima: foi te lançada essa
Só pra ver-te cair
Do alto de tua postura
De extremada autoconfiança!

Numas estavam inscrito: Essas são apenas
Em devolução às pedras
Que você lançou aos outros
Lembra-te?

Essas, dizia a inscrição: são para lembrar-te
De tuas incontáveis ingratidões
Por não reconhecer, não agradecer
As bondades feitas a ti.

Essa te foi arremessada
Por tuas mentiras quando
Dizias te farias sempre presente.
Mas quando te procurei, onde estavas?

(Uma grande e pesada): Arremessamos essa em nome de Deus
Pelas vezes que disseste ter fé e depois recuar
Nos momentos difíceis.
(Mas Deus não mandou aos tais fazerem isso).

Muitas que foram arremessadas tinham a inscrição:
Lançadas em devolução
Às que você arremessou
Em outros, teus iguais

Umas tantas continham: Essas são pelos julgamentos
Prévios. Apressados. Sem provas
Sem tempo de investigação
Sem amor que fizeste contra outros, teus iguais.

Noutro monte algumas continham a inscrição:
Por agires e pensares como se a aplicação
Da lei eliminasse a necessidade
De amor e misericórdia.

Essas tantas foram arremessadas contra ti
Só porque vimos outros te fazendo de alvo.
Achamos que merecias o que estavas sofrendo.
Merecias a sorte que estavam te dando.

Ainda assim meio tonto
Tentando me livrar dos montões.
Empurrando com os pés.
Empurrando com as mãos.

Ouvi uma voz suave
Firme, acolhedora. De absolvição:
Eu não te condeno.
Vai e não peques mais.

Perguntei de quem se tratava
E me disse ainda suavemente:
Sou Jesus teu salvador
O que sara as tuas feridas.

Autoria: Luiz Flor dos Santos, pastor na cidade de São Gonçalo do Amarante, Ceará na Igreja Batista Fundamentalista Cristo é Vida.

CONHEÇA OS BLOGS DO PASTOR LUIZ:
www.pulpito.blog.terra.com.br
www.poesiadegraca.blogspot.com

2 comentários:

Maurício disse...

" A pedra de esquina que os trabalhadores rejeitam esta verdadeiramente não te machuca, mas te sara " Muito bom poeta o Senhor te enriqueça ainda mais!

Georges Nogueira disse...

De todas as suas mensagens de fim de semana, amado pastor, essa sem dúvida alguma merece nosso reconhecmento e respeito. Encanta, exorta e ensina.

Minha oração é que permaneça nessa Graça.

Em Cristo Jesus,
Georges Nogueira