As praças meio vazias
E a biblioteca de minha cidade vazia vazia
As praças totalmente cheias
E a biblioteca de minha cidade vazia vazia
As lan houses de minha cidade estão quase cheias
E a biblioteca de minha cidade um tanto vazia
As lan houses de minha cidade estão totalmente cheias
Os autores de contos e poesias e outros gêneros estão entediados
Esperam e esperam por alguém que os venha buscar
E os tirar da biblioteca vazia vazia
No jogo de sinuca do bar alguns rapazes jogam
Tediosamente querendo vencer a noite
As funcionárias da biblioteca de minha cidade
Estão abrindo a boca querendo vencer o tédio da noite
Na biblioteca vazia
Os meninos meio homem meio meninos
Nas quadras das escolas passam o tempo
O tempo na biblioteca de minha cidade não passa
Nem os meninos passam por lá
Eu escolhi na biblioteca para vir até a minha casa
Carlos Drummond de Andrade
Mas lá ficaram outros reclamando que eu os levasse também
Mas tive que os deixar com olhos marejados
Enfileirados para talvez um dia chegar a vez deles
Os autores foram tombados na biblioteca de minha cidade
E estão lá nas prateleiras de vez em quando saem para uma volta.
Autoria: Luiz Flor dos Santos, pastor na cidade de São Gonçalo do Amarante, Ceará na Igreja Batista Fundamentalista Cristo é Vida.
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